As oito oficinas de culinária foram realizadas no dia 16 de junho e atingiram 314 alunos de 3º, 4º e 5º anos das escolas municipais, escolhidos pelas supervisoras de ensino para participar das atividades propostas pelas comunidades em conjunto com a equipe da universidade. Na parte da manhã ocorreram cinco oficinas, uma em cada comunidade quilombola. Na parte da tarde três comunidades – Pedra Preta-Paraíso, Ribeirão Grande e Terra Seca – receberam os alunos.
Os objetivos principais das atividades realizadas eram a integração dos alunos com os membros das comunidades por meio da preparação de alimentos típicos dos quilombos, junto ao entendimento mais amplo do modo de vida presente. Para isso, houve a execução de rodas de conversas iniciais que buscavam um diálogo a respeito do entendimento do que é uma cultura quilombola, para então começarem em conjunto a produção dos alimentos - canjica, paçoca, açúcar mascavo, rapadura e os pastéis de farinha de milho recheados de carne e de palmito juçara.
Com grande interesse por parte dos alunos, estes manusearam os instrumentos de trabalho como o pilão na preparação da canjica e da paçoca, além da participação e/ou observação das várias outras etapas de produção dos alimentos citados - colheita dos alimentos, preparação das massas e confecção dos pastéis colocados para fritar no fogão à lenha, moenda da cana para produção do açúcar e rapadura, entre outros.
Com a duração de aproximadamente 4 horas, as oficinas encerraram-se com rodas de conversas finais para um balanço do que foi visto, junto a uma melhor compreensão do modo de vida quilombola.